Dentre as inúmeras percepções que rodeiam o acalorado cenário político que se faz antes e, principalmente, depois de uma votação de segundo turno, uma coisa é certa: esvaem-se as especulações sobre quem vai governar o poder e surgem as especulações sobre o que vai fazer aquele que conseguiu, por aval do povo, chegar ao posto de presidente do país. Dentre os partidários e os nulistas, dentre os analistas politicamente posicionados e emotivos positivamente ou negativamente perante o resultado das urnas e os céticos, surge minha contribuição, que, na busca de distanciar-me de sentimentos que venham a dominar meu discurso, busca lançar-se a fazer as primeiras impressões sobre o que será o governo Dilma Rousseff. Tal discurso, por ser de ordem mais imaginativa do que descritiva, afinal não está sendo redigido após um dia sequer de governo da presidente, busca, com a experiência a mim absorvida pela leitura de textos, da propaganda política na tv, e, sobretudo, da minha experiência durante os dias de exercimento do mecanismo de democracia in fact, que dará a luz direcionada para completar minha reflexão, compreender um ponto de vista que menos falará sobre expectativas pessoais e mais sobre chances que considero reais do governo Dilma Rousseff.