O papel dos colegiados na Gestão Escolar

Programa de TV: Fazendo Escola Tomando com exemplo a escola José Monteiro Lima da cidade de São Bernardo \GO, o programa de TV: Fazendo Escola, relata em aproximadamente 55 minutos de reportagem e entrevistas, o perfil educacional dessa cidade, destacando o papel dos colegiados na gestão escolar. Para isso, o programa conta com vários especialistas da área educacional, como: a professora Ilma Passos (Faculdade de Educação\UnB), o professor Erasto Fortes Mendonça (Diretor da Faculdade de Educação\UnB), a professora Regina Vinhais Gracindo (Faculdade de Educação\UnB), a Maria da Gloria Gohn (professora titular da Faculdade de Educação\Unicamp e Uninove) e a professora Márcia Ângela Aguiar do Centro de Educação\UFPE. A princípio destacamos o que significa a missão escolar para esses especialistas, significa mais do nunca, garantir os serviços educacionais de qualidade, garantindo a permanecia do aluno na escola, com o objetivo de formar cidadãos críticos conscientes para enfrentar o mundo moderno. Este é um conceito que indubitavelmente precisa do processo da Gestão Democrática para colocá-lo em práxis. Já que este processo, prever que não apenas o Diretor decida sobre as questões da escola, mas que todos os envolvidos precisam participar seja: setor administrativo, pedagógico e comunidade local, em fim, em todos os sentidos. De acordo com o vídeo, observamos que existe uma grande união para quer a escola alcance uma melhora em seu ensino, independente do nível a ser estudado, uma gestão em busca do entendimento, para passar um conhecimento mais qualificado a cada aluno da escola. E isto, surgiu quando se deu a criação do conselho escolar, que procura dentro do possível adequar uma conjuntura com participação do gestor, conselho escolar, grêmio estudantil, associação dos pais de alunos, para encontrar uma melhor solução em busca do desenvolvimento do ensino na escola, principalmente a escola pública. Ale disso, este conselho procurar em suas reuniões encontrar soluções para problemas diretamente relacionados aos alunos e setor pedagógico, criando projeto para manter o aluno na escola, entre vários projetos destacados, que podem serrem aplicados ao aluno, citamos, por exemplos horta na escola que procura mostrar e viabilizar o aluno com o objetivo de produzir uma parte de seu alimento no dia a dia na escola, outra muito importante é o projeto do aluno monitor, que o aluno passa a ensinar o outro aluno, com o objetivo de que todos alcancem seus propósitos, e a escola se destaque diante dessa atividade. A gestão escolar faz toda esta mobilização entre todos os integrantes do conselho escolar, com a participação do gestor, pais, aluno e funcionários desta instituição escolar de forma democrática, onde este processo democrático funciona de forma integral com todos estes componentes, além de toda uma cooperação do colegiado que procura sugerir juntamente com o conselho escolar, mudanças naquilo que for para uma melhora do ensino dentro da escola pública, pois o colegiado tem uma participação maior integral com o aluno na sala de aula, além de procura compreender de forma mais coerente, a forma de convivência desta comunidade o qual a escola está situada, e buscar entender alguns fatos inerentes a esta localidade e procurar contar com a cooperação desta comunidade dentro daquilo que a escola precisa, de forma democrática e social, de acordo com a realidade presente. Quando todo este aparato caminha junto, fortalece toda uma estrutura e forma uma conjuntura coletiva em torno do corpo administrativo da escola, pois a educação é um todo e tem por objetivo integra o aluno a escola. O colegiado tem uma preocupação com o projeto pedagógico do ensino público, no qual este aluno vai participar diretamente na sala de aula deste projeto que foi idealizado pelo colegiado e, é aprovado pelo conselho escolar em reuniões, a participação efetiva neste processo pedagógico do conselho escolar, está voltado para seguinte objetivo: ensino de qualidade dentro da escola pública. Esta conjuntura educacional vem melhorando desde a criação dos conselhos. Por ter uma participação integral de um corpo formando por várias instâncias, com o objetivo de encontrar um caminho mais viável para o ensino público de qualidade, de forma que cada vez mais esta gestão seja participativa de todo este corpo que nós referimos anteriormente, dentro do ensino fundamental e médio principalmente, onde encontramos as maiores dificuldades na prática destes objetivos incorporados dentro de uma processo educativo com forma participativa e democrática no ensino público em geral. Todavia, se procuramos ouvi todos os meios legais, vamos sempre encontrar algo para ser modificado com objetivo de uma melhoria no ensino público, com certeza nos últimos anos houve um avanço muito grande no ensino público, claro que esta melhora não chegou a todas as partes do pais. Para isto, deve-se ter uma forma de gestão democrática e participativa no processo educacional do país. A professora Regina V. G. ver a participação desses envolvidos como condição da Gestão Democrática. O grêmio estudantil, por exemplo, é um tipo de colegiado que não somente trata do interesse do aluno em si, mas de projetos que possam ser desenvolvidos na escola, pois como deixou claro o presidente do grêmio, “o sucesso da escola não depende apenas da direção e da coordenação, mas sim do próprio aluno”. E isto, é Gestão Democrática. Uma pergunta que surge nesse tipo de Gestão a seguinte – Por que dividir a administração com outras pessoas? E o Diretor desta escola responde: “a palavra que deve prevalecer na escola não é o eu, mas sim o nós.” Segundo o professor Erasto F. M., o conselho escolar que reúne professores, diretores, alunos, funcionário e pais de alunos, tem uma qualidade diferenciada no processo de gestão da escola. Portanto, dividir responsabilidade é um importante começo para melhorar o desempenho escolar. Para Ilma P., este processo deve ter como foco o desenvolvimento da cidadania, e viver a cidadania na escola significa poder ter voz e ter representação na instancia dos colegiados. Projetos como: horta na escola, esporte na escola e meio ambiente, representam formas da comunidade escolar e representantes da comunidade civil organizada se interagirem numa perspectiva de aprimoramento da cidadania. Além disso, por meio da interdisciplinaridade, que segundo a coordenadora pedagógica da escola Dalka Maria Pinheiro, foi a pedra fundamental na mudança da escola, que por meio da interação de diversos disciplina, a comunidade escolar pode socializar os conhecimentos. Apesar de vários tipos de colegiados como: grupos de alunos, associação de pais e conselho escolar, a função primordial do colegiado é a formulação do projeto político pedagógico, que visa a construção da cidadania. Então, dividir com todos as responsabilidades é compartilhar cada passo e caminhar acompanhado. Porque estamos formandos pessoas pra dizer sim, não, pra argumentar e para brigar pelos seus direitos. Como afirma Maria da G. G. gestão compartilhada implica em comunidade educativa, coloca a escola no centro da sociedade, que em contra partida, pode fornecer uma nova cultura política. Para Márcia A. A., a escola é o lócus de formação humana, ou seja, é o espaço para a formação da cidadania. A escola não existe para reproduzir conhecimentos, mas sim como construção de conhecimentos, sejam conhecimentos acumulados historicamente ou como se diz conhecimento da cultura popular. Um dos grandes desafios das escolas brasileiras de um modo geral é criar mecanismos de sustentação de uma estrutura educacional que seja produtiva e cumpridora do papel central da instituição que é o processo de formação dos alunos em cidadãos esclarecidos e comprometidos com a realidade social em que estão inseridos. Devido a grande precariedade estrutural da realidade educacional brasileira onde o aparato material é extremamente restrito para subsidiar as contingências de alunos e professores em sua trajetória educacional formas alternativas de gestão educacional devem ser criadas para que, de acordo com a realidade local, se possam criar cenários favoráveis à constituição de espaços de referência no contexto da educação. Assim, a escola em questão encontrou na gestão democrática, o caminho para, através do conselho escolar, discutir coletivamente as demandas institucionais para, coletivamente, resolver os problemas gerais. Os conselhos são criados para atender conjuntamente os anseios de todos os envolvidos no processo educacional de modo que pais, alunos, professores, diretores e funcionários têm voz e passam a fazer parte do processo se envolvendo a ponto de assumirem para si a responsabilidade de melhorar o ambiente escolar. Dessa forma todas as instâncias são contempladas nos planos de melhorias da escola. O diretor agindo sozinho, trazendo as tarefas prontas para serem executadas pelos participantes dificilmente conseguiria ter clareza para perceber todas as necessidades da escola e provavelmente não conseguiria a participação efetiva de todos os envolvidos. Vários projetos são criados em decorrência das decisões do conselho e acabam virando uma prática de grande importância no curso das atividades escolares. A vida na escola passa a ser marcada não mais pela simples freqüência das aulas mais o aluno vive a escola em todos os seus aspectos participando e se sentindo agente importante na composição da instituição. Os projetos extrapolam os muros da escola e ganham as ruas da cidade de maneira que a sociedade absorve as práticas criadas na escola trazendo a tona um senso de responsabilidade social que perpassa uma comunidade inteira alterando para melhor a convivência social numa abrangência bastante considerável. Cria-se uma relação constante com a interdisciplinaridade, ou melhor, com uma “transdisciplinaridade”, que engloba todos os conhecimentos do aluno num processo contínuo que o inclina a ser um hospedeiro de bons atos e o leva a ser um disseminador de qualidade de vida para ele e para aqueles que lhe estão próximos. É possível, com medidas relativamente simples, contornar os problemas impostos pela precariedade do ensino no país. O vídeo comprova que aquilo que se busca como ideal de educação é factível e está ao alcance de qualquer comunidade. As possibilidades de desenvolvimento do ensino vão, inclusive, além da grade curricular e do progresso puramente pedagógico, e é capaz de atingir o indivíduo em sua essência, tornado este, não só um aluno como também um cidadão completo capaz de modificar o meio em que vive trazendo assim mais harmonia e progresso para a sua comunidade.

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